segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dias inesquecíveis

As últimas semanas entraram para a história do país. Para quem despreza a pátria de chuteiras, não poderia ser uma resposta mais emblemática. Se um evento dessa importância já serve para mostrar ao mundo (e a nós mesmos) o nosso patriotismo, imagina na Copa! Melhor a pátria de chuteiras do que a pátria da corrupção, da robalheira, do desperdício, dos impostos. Melhor seria a pátria da educação, da saúde, é claro. As manifestações em todo o Brasil e os movimentos da Copa das Confederações, que começaram tão destoantes, acabaram se encontrando para um final triunfal. E não foi circo, ao contrário. Foi a Seleção que se contagiou pelo grito das ruas. Deixamos, até onde pudemos, até o futebol arte pra lá. Aprendemos que algumas vezes os fins justificam os meios. Vale se jogar no bola, empurrá-la para o gol de qualquer maneira, marcar grudado no cangote, sujar o calção pra salvar em cima da linha. Vale passar dos limites, desrespeitar a lei, dar um bico no balde para exigir um lugar mais honesto pra se viver. Não são só os políticos que estão preocupados (pra não dizer coisa pior). Para desespero dos saudosistas, o Maracanã viveu a maior noite da sua história. Certo, me considero um saudosista também, já com saudade dos últimos dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário