segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ponte foi o time do ano

A Ponte Preta não conseguiu o primeiro título de sua história, mas foi o time paulista de maior destaque no ano. Parte pelos méritos do time de Campinas, mas muito pelo retrospecto discreto dos rivais. Ao chegar à final de uma competição internacional, a Ponte conquistou algo incomparável ao que fizeram Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos, somados! Não existem mesmo efeitos de comparação. Mesmo o rebaixamento para a série B, não pode superar os méritos da Ponte Preta. Principalmente porque os rivais Corinthians e São Paulo se salvaram muito mais pela incompetência dos rivais do que por algum tipo de qualidade. O São Paulo se contentou em ficar na série A e o Palmeiras voltar à elite. Prêmios de consolação dolorosos demais para os sonhos de seus torcedores. O título do Corinthians de nada serve para amenizar o ano desastroso dos paulistas, já que esse título algum time local haveria de levar, certo? Talvez eu esteja dando um desconto para os campineiros, talvez... Pra ser sincero, eu que nem tinha percebido que o clube não tinha um campeonatinho sequer.  Acho que a série B pode ser até vantajosa. Quem sabe agora vai? Isso se conseguir evitar o desmanche, muito provável considerando o desempenho de Uendel, Rildo e Felipe Bastos, só para citar alguns, que podem suprir graves deficiências dos clubes rivais.  Sem nenhum paulista na Libertadores, 2014 já promete muito pouco. Pelo menos, desta vez, não criaremos as mesmas expectativas, a não ser pelo primeiro título da Macaca.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O detalhe do gol

Já dizia Carlos Alberto Parreira nos idos de 94: "gol é apenas um detalhe". Este slogan meio às avessas marcou o estilo de jogo pragmático do time professor, campeão do mundo naquele ano. Mas o gol não é mais um detalhe, mas sim um fato grandioso no atual campeonato brasileiro, tão rara é a sua existência. Muitas quartas-feiras à noite foram dedicadas para outro esporte, que o gol é tão importante quanto numa competição de Ginástica Artística. Teve time grande (bem grande) que atingiu a marca incrível de 8 jogos 0x0 só nas primeiras 28 rodadas. Faça as contas! Analisando um certo período entre as rodadas 32 e 33, a conclusão é assustadora. Em 10 partidas realizadas em sequência, foram apenas 10 gols marcados. Sim, 10 meros gols em apenas 900 minutos de futebol, mesmo incluindo gol contra, gol feio, gol de canela. Três destes jogos tiveram o placar inalterado. A maior goleada foi de 1x0, resultado que se repetiu por 4 vezes. Vejo os técnicos quebrando a cabeça para encontrar uma solução para tirar o placar do zero, sem sucesso. Eu tenho uma ideia infalível: tira o goleiro e põe um atacante pra ver se o placar não sai do zero... Exageros à parte, o melhor ataque é mesmo o ataque. Não por acaso, o Cruzeiro que tem média acima de 2 gols por jogo levou o título com tanta antecedência. Mas isso é só um detalhe.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Dias inesquecíveis

As últimas semanas entraram para a história do país. Para quem despreza a pátria de chuteiras, não poderia ser uma resposta mais emblemática. Se um evento dessa importância já serve para mostrar ao mundo (e a nós mesmos) o nosso patriotismo, imagina na Copa! Melhor a pátria de chuteiras do que a pátria da corrupção, da robalheira, do desperdício, dos impostos. Melhor seria a pátria da educação, da saúde, é claro. As manifestações em todo o Brasil e os movimentos da Copa das Confederações, que começaram tão destoantes, acabaram se encontrando para um final triunfal. E não foi circo, ao contrário. Foi a Seleção que se contagiou pelo grito das ruas. Deixamos, até onde pudemos, até o futebol arte pra lá. Aprendemos que algumas vezes os fins justificam os meios. Vale se jogar no bola, empurrá-la para o gol de qualquer maneira, marcar grudado no cangote, sujar o calção pra salvar em cima da linha. Vale passar dos limites, desrespeitar a lei, dar um bico no balde para exigir um lugar mais honesto pra se viver. Não são só os políticos que estão preocupados (pra não dizer coisa pior). Para desespero dos saudosistas, o Maracanã viveu a maior noite da sua história. Certo, me considero um saudosista também, já com saudade dos últimos dias.